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Novo Laboratório de Biologia Molecular é legado da pesquisa para o Campus Salinas

Publicado: Terça, 07 de Dezembro de 2021, 11h45 | Última atualização em Segunda, 31 de Outubro de 2022, 08h26
Alunos de iniciação científica trabalham com o termociclador em tempo real, que realiza o teste PCR em tempo real
imagem sem descrição.

No útlimo mês de novembro, o IFNMG-Campus Salinas concluiu a montagem de seu Laboratório de Biologia Molecular, uma estrutura bem equipada e de caráter multidisciplinar que vem para ampliar e incrementar as possibilidade de pesquisa no Campus e atender atividades de ensino dos cursos de Ciências Biológicas, Medicina Veterinária, Engenharia de Alimentos e Engenharia Florestal. Além disso, o laboratório está aberto a projetos em colaboração com outros campi do IFNMG.

“Trata-se de um laboratório completo e complexo, que serve, principalmente, para a detecção de agentes causadores de doenças”, explica um dos responsáveis, o professor Filipe Vieira Santos de Abreu. No momento, o foco principal das pesquisas que acontecem no laboratório são os vírus causadores da covid-19 e da febre amarela. Entre os equipamentos que compõem a estrutura, o professor destaca o termociclador em tempo real, que realizada o teste PCR em tempo real, para detecção dos agentes causadores das doenças, e o ultrafrezzer.

O laboratório já vinha sendo utilizado pelos pesquisadores desde o início deste ano, no entanto, como a estrutura não estava completa, era necessário finalizar as análises em instituições parceiras, como a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e Fiocruz-BH. O professor Filipe conta que em novembro, pela primeira vez, foi possível realizar todos os passos no laboratório, da extração do material genético até o diagnóstico do PCR em tempo real. Os testes foram feitos em mosquitos e macacos envolvidos em um surto de febre amarela na região de Januária – nos municípios de Ubaí, Icaraí, Brasília de Minas de Coração de Jesus. “Com a estrutura montada, as possibilidades são várias”, comemora Fiipe.

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Recursos

Segundo o professor, a montagem do Laboratório de Biologia Molecular foi possível graças ao financiamento obtido pelos pesquisadores do Campus Salinas por meio de editais de fomento à pesquisa e a uma emenda parlamentar. Três projetos foram contemplados em editais específicos para enfrentamento da covid-19: “Análise da presença e persistência do SARS-CoV-2 em águas de superfície e na ictiofauna da Bacia Hidrográfica do Baixo e Médio Jequitinhonha-MG”, que obteve financiamento de R$ 759 mil do CNPq; “Detectar para enfrentar: Monitoramento de casos oligossintomáticos de COVID-19 através de ferramentas digitais, geoespaciais e moleculares”, que recebeu R$ 125 mil em edital do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif); e "O novo coronavírus é capaz de infectar primatas-não-humanos do Norte de Minas Gerais e iniciar um ciclo silvestre da doença?", com recursos de R$ 13 mil de edital lançado pelo próprio IFNMG.

Os pesquisadores de Salinas também obtiveram R$ 250 mil em financiamento como parte dos recursos liberados pelo CNPq para a pesquisa "Uso de ferramentas genéticas, matemáticas e tecnológicas para avaliar o risco de de transmissão e fortalecer a vigilância do vírus da febre amarela nas cinco regiões brasileiras”.

Os recursos para aquisição do termociclador em tempo real, no valor de R$ 110 mil, vieram de uma emenda do deputado Marcelo Aro, a partir de demanda levada ao parlamentar pelo servidor do IFNMG-Campus Salinas Rafael Correia.

A reforma do espaço que abriga o laboratório ficou por conta do Campus.

Legado

Filipe Abreu frisa que, em tempos marcados por cortes de verbas para a ciência, o empenho dos servidores do Campus em correr atrás de oportunidades de financiamento, externo e interno, pode ser considerado um “ato heroico” e muito importante para a melhoria da infraestrutura de pesquisa e ensino no IFNMG. “Esse [o Laboratório de Biologia Molecular] é um tipo de estrutura que fica como legado para a Institutição. Um laboratório como esse ajuda a alavancar novos projetos de pesquisa, o que possibilita novos pedidos de verba, novos projetos aprovados… melhorando cada vez mais nossa condição de pesquisar e de ensinar ”, comenta o professor, desenhando uma espécie de círculo virtuoso.

Ao comentar sobre as possibilidades que se abrem para o IFNMG-Campus Salinas, a partir do novo laboratório e de sua vocação colaborativa, Filipe Abreu informa sobre os contatos já iniciados com a prefeitura de Salinas para transformar a nova estrutura em centro colaborador para diagnóstico laboratorial de doenças como covid-19, dengue, zica, chicungunha e febre amarela na microrregião. A possibilidade abriu-se a partir do útlimo mês de outubro, quando o governo do estado de Minas Gerais aprovou as diretrizes para o repasse de incentivo financeiro, em caráter excepcional, para custeio desses centros colaboradores, visando fomentar a descentralização da vigilância laboratorial no estado e favorecer o monitoramento de doenças de notificação compulsória. Até então, como explica Filipe Abreu, esses diagnósticos eram feitos apenas na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.

 

 

 

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