1 ano de gestão: No aniversário de posse, reitora Joaquina Nobre faz retrospectiva e reafirma compromissos

Na semana em que a reitora Joaquina Nobre comemora seu primeiro ano à frente do IFNMG, os canais de comunicação do Instituto realizam ações para marcar a data, apresentar à comunidade as principais realizações e promover reflexões sobre os desafios e as oportunidades para o próximo ano.

É um pouco dessa retrospectiva e dessa projeção que a reitora traz nesta entrevista, no aniversário de sua nomeação e posse – ambos os atos aconteceram no dia 7 de dezembro de 2020. Primeira mulher a ocupar o principal cargo de gestão no IFNMG, Joaquina Nobre foi eleita reitora com 42,85% dos votos, em uma eleição marcada por expressiva participação dos integrantes dos três segmentos da comunidade acadêmica: 97% dos docentes, 96% dos servidores técnico-administrativos e 45% dos alunos.

A senhora poderia fazer uma avaliação sucinta dos principais desafios de seu primeiro ano de gestão?
O primeiro ano de gestão foi marcado por muitos desafios. O primeiro deles foi a grave pandemia que ainda atravessamos. Inclusive, sobre isso é bom destacar que perdemos colegas, familiares e amigos. Em todos os momentos tivemos um olhar humanizado para todas essas questões, pautando nossas decisões pelo respeito à vida e também pelas orientações das autoridades sanitárias. O IFNMG instituiu o Comitê de Enfrentamento à pandemia causada pelo Covid-19, em 2020, com pluralidade de participação, inclusive técnica/científica, e fomentamos o debate por meio do Codir [Colégio de Dirigentes] e Consup [Conselho Superior].

Além disso, um grande impacto que tivemos foi o orçamentário, por isso buscamos cada vez mais, trabalhar em uma perspectiva integrada e democrática na gestão desses recursos, em constante diálogo com os campi, por meio do Codir e Consup. Além disso, buscamos fortalecer nossa participação em Brasília e conseguimos angariar diversas emendas parlamentares para nossa Instituição. Em meio a tantos desafios, acreditamos que fortalecemos nossa Instituição e hoje somos mais unidos e alinhados com os nossos objetivos institucionais.

Além desses desafios, que supomos que a senhora já esperava que fossem impactar o início de sua gestão, em função de um cenário mais amplos, o que mais demandou energia extra?
Iniciar um novo ciclo requer um período de adaptação e readaptação, o que é natural em qualquer transição. Nossa primeira ação de impacto foi a reorganização da estrutural organizacional do IFNMG, a fim de otimizar e dinamizar os processos com o objetivo de tornar os resultados institucionais ainda mais eficientes. Para essa reestruturação, foi preciso um amplo diálogo com todos os segmentos institucionais, que, por fim, validaram a proposta apresentada. Os desafios, na verdade, contribuíram para que toda a gestão reafirmasse o compromisso de servir à nossa comunidade.

Entre suas propostas de campanha e as metas que tinha ao assumir como reitora, quais destacaria neste momento como as principais realizações do primeiro ano de mandato?
Desde a campanha, assumimos o compromisso de aprimorar os processos de transparência no que se refere à movimentação de servidores e à distribuição de recursos de custeio e investimento. Trata-se de uma responsabilidade que iniciamos desde o primeiro dia à frente da gestão e vamos continuar comprometidos com as decisões, as práticas e as condutas que garantam transparência, diálogo, ética e participação democrática no âmbito no IFNMG.

Outra proposta que enfatizamos diz respeito à constante busca por parcerias externas junto a outros órgãos públicos, empresas, instituições do setor produtivo e autoridades políticas, a fim de obter apoio e investimentos em prol das políticas institucionais. Para alcançar as metas e executar as ações que propusemos, estamos trabalhando em prol de uma maior integração entre as unidades que compõem a Reitoria e os campi do IFNMG. Isso é o que nos move em busca de uma educação pública de qualidade.

A senhora fez sua campanha para reitora e assumiu o cargo sempre frisando a questão da inclusão, do acolhimento à diversidade com participação. Podemos dizer que o IFNMG avançou nesse sentido neste último ano?
Como mulher negra de pele parda e, a partir de minha própria experiência de socialização como liderança, percebo inúmeras situações nas quais a diversidade é lida de forma até mesmo violenta. Nesse primeiro ano de gestão, a implantação das comissões de heteroidentificação, a partir da aprovação do regulamento, assim como a formação ofertada a essas comissões através do Neabi [Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão Afro- Brasileiros e Indígenas] Central, são um ponto que destaco como ação fundamental para a garantia de que a lei n° 12.711/2012 seja cumprida em sua totalidade pelo IFNMG. Toda ação de inclusão e que impacte na garantia de direitos é essencial para a educação de qualidade.

E para o que há de vir, o que as comunidades interna e externa do IFNMG podem esperar desta gestão?
Fizemos um trabalho muito bonito focado no diálogo, na integração, na transparência, na inclusão e na humanização de nossa gestão para ofertar ensino com qualidade, integrado com pesquisa e extensão . Nesse sentido, nossa comunidade interna e externa pode esperar a continuidade e o aprimoramento dessa maneira de fazer gestão, ou seja, uma gestão focada nas pessoas e que tem como princípio norteador a promoção do diálogo. Assim, todos os servidores e também a comunidade externa podem ter certeza de que possuem vez e voz dentro desta casa de ensino e que, além disso, todas as suas reivindicações, sugestões e opiniões são levadas em consideração em uma perspectiva democrática.

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