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Pesquisadores publicam última edição de boletim com resultados de 16 meses de monitoramento da presença do SARS-Cov 2 em esgoto, água e peixes do Vale do Jequitinhonha

Publicado: Segunda, 01 de Agosto de 2022, 11h00 | Última atualização em Segunda, 01 de Agosto de 2022, 11h07

Pesquisadores do IFNMG, dos Campi Salinas e Januária, divulgaram a quinta e última edição do boletim informativo do projeto “Análise da presença e persistência do SARS-CoV-2 em águas de superfície e na ictiofauna da Bacia Hidrográfica do Baixo e Médio Jequitinhonha-MG”, com os resultados das coletas e análises feitas durante 16 meses, desde novembro de 2020. As amostras de esgoto, água e peixes foram coletadas nos municípios de Salinas, Almenara, Araçuaí, Minas Novas, Grão Mogol, Jequitinhonha, Francisco Badaró e Padre Carvalho.

Os dados trazidos pelo boletim mostram que o vírus causador da covid-19 foi encontrado em todos os municípios, em grande parte das amostras de esgoto não tratado. De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Filipe Vieira Santos de Abreu, do IFNMG-Campus Salinas, o monitoramento do esgosto mostrou-se como uma importante ferramenta para acompanhamento das curvas epidêmicas de SARS-Cov 2 , sobretudo em cidades pequenas, que têm baixa capacidade de testagem das pessoas e que estão longe dos centros de diagnósticos. “É possível, por exemplo, notar uma redução do número de amostras de esgoto positivas no final de 2021, com o avanço da vacinação, e depois um retorno, um recrudescimento do número de positivos no início deste ano, quando começou a onda mais forte da [variante] Ômicron”, ressalta o professor.

Em contrapartida, em nenhuma das análises foi detectada a presença do vírus em amostras coletadas de peixes ou águas de rios. Na avaliação de Filipe de Abreu, apesar de terem sido detectados esgostos com alto percentual de presença do SARS-Cov 2, esse esgoto  não tem atingido o Rio Jequitinhonha ou o rio é caudaloso demais e o esgoto fica muito diluído. "Então, essa [a água do rio] não parece ser uma boa fonte para monitoramento da pandemia e, muito menos, para a dispersão do vírus, já que ele já está inativado desde que chega ao esgoto". O mesmo, segundo o pesquisador, vale para os peixes, que não parecem ser uma boa fonte para o monitoramento da curva epidêmica do vírus.

O projeto

O projeto “Análise da presença e persistência do SARS-CoV-2 em águas de superfície e na ictiofauna da Bacia Hidrográfica do Baixo e Médio Jequitinhonha-MG” obteve financiamento por meio da Chamada MCTIC/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decitob nº 07/2020, específica para projetos relacionados ao novo coronavírus.

São parceiros do projeto a fundação de apoio do IFNMG (Fadetec), a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Copanor).

V Boletim Covid19

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