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Publicado: Sexta, 26 de Junho de 2015, 16h17 | Última atualização em Sexta, 26 de Junho de 2015, 16h21

O evento aconteceu no IFSULDEMINAS-Câmpus Inconfidentes entre os dias 23 e 24 e encaminhará propostas à Setec sobre Educação do Campo

Reportagem: José Valmei Bueno, do IF Sul de Minas

Que educação do campo a sociedade espera dos Institutos Federais? A busca por respostas a esta pergunta foi um dos objetivos do 1º Encontro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica do Campo, realizado no IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes. Por dois dias, cerca de 50 representantes de quatro Institutos Federais de Educação, Ciências e Tecnologia do Estado de Minas Gerais debateram as ações e as dificuldades da aplicação do ensino profissional e tecnológico orientado aos povos tradicionais como ribeirinhos, quilombolas, indígenas e camponeses.

Construção de uma Diretriz Nacional

A ideia do evento, realizado nos dias 23 e 24 de junho, foi colher propostas de movimentos sociais e sindicais, além dos servidores dos IF’s e de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Emater e da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais para o aperfeiçoamento das práticas educativas ligadas ao campo. “A educação do campo tem defensores inigualáveis. É preciso unificar pensamentos e ações. Os entes federais, estaduais e municipais precisam se alinhar para a pauta de educação de campo alcançar aqueles que labutam, dia a dia, nesta cultura”, afirmou entusiasmado, durante discurso de abertura, o reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli. “Quando se fala em inclusão social, a educação do campo é prioridade. Temos que defendê-la no CONIF e na Setec. Ela é obrigação do Estado. Como instituição pública de ensino temos que fazer parte desta articulação e tomar a liderança destas ações”, completou o reitor, conclamando os representantes dos Institutos Federais para a defesa desta modalidade de ensino no Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, bem como na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica.

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Sociedade molda os Institutos Federais

A programação do evento envolveu os servidores dos IF’s mineiros em reflexões instigadas por mesas redondas, palestra e trabalho em grupo. Mística e canções populares recordaram a cultura dos povos tradicionais. Cada Instituto Federal do Estado apresentou as ações afirmativas de educação do campo desenvolvidas nas regiões de Minas Gerais. Discussões sobre a legislação da educação do campo também integraram os debates. Os movimentos sociais e sindicais auxiliaram os representantes dos Institutos na percepção de como a sociedade enxerga a instituição no despertar do conhecimento dos povos do campo. “Desde 2008 (ano de fundação dos Institutos Federais), dizemos que os Institutos Federais não vieram com a cartilha pronta. Não temos manual de instrução. Esta participação e inserção da sociedade nesses momentos faz com que os Institutos sejam moldados”, comentou o professor do IFSULDEMINAS – Câmpus Inconfidentes, Luiz Carlos Dias da Rocha, na abertura de uma das mesas redondas.

Encaminhamento

O último dia de trabalho foi dedicado ao levantamento de propostas a partir das quais será elaborado um documento final, destinado à Setec. O subsídio será ferramenta para a formulação de uma diretriz nacional de educação do campo.

Divididos em quatro eixos temáticos (Estrutura e Capacitação de Recursos Humanos; Ensino; Pronatec Campo; e Extensão e Pesquisa), os participantes apresentaram sugestões, dentre elas instituir uma turma piloto de curso técnico ou superior em pedagogia da alternância; garantir a abertura de cotas para filhos de produtores rurais nos processos de ingressos; implantar cursos de Licenciaturas voltadas para a educação do campo; realização do exame nacional de curso técnico e utilizá-lo como possibilidade de ingresso nos cursos superiores; criar incubadoras de base social e reconhecer os saberes e o conhecimento dos povos tradicionais, facilitando a contratação destes povos para ministrar cursos.

Autoridades presentes

Na cerimônia de abertura, além do reitor do IFSULDEMINAS, professor Marcelo Bregagnoli, marcaram presença autoridades como o diretor-geral do Câmpus Inconfidentes, professor Miguel Angel Isaac Toledo del Pino; o chefe do departamento municipal de educação de Inconfidentes, professor João Paulo Bueno; o representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Thiago Cantalice; a representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em Minas Gerais, Rebeca Caroline Gonçalves; o gerente regional da Emate/MG, Alexandre Augusto Rossini Kurachi; o reitor do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), professor José Ricardo da Silva Martins; o diretor-geral do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Câmpus Manhuaçu, Aloísio de Oliveira; diretor-geral do Instituto Federal do Triângulo Mineiro – Câmpus Uberaba, professor Rodrigo Afonso Leitão; o representante do Instituto Federal de São Paulo, professor Luiz Roberto Nemoto; além de membros de movimentos sociais como AMEFA – Associação Mineira das Escolas Família Agrícola; FETAEMG – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais; e MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Os trabalhos foram acompanhados pelo Pró-Reitor de Extensão do IFSULDEMINAS, professor Cléber Ávila.

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