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Servidora do IFNMG e orientador do doutorado ganham R$ 161 mil no Domingão com Huck para participar de evento científico

Publicado: Terça, 08 de Agosto de 2023, 15h51 | Última atualização em Terça, 08 de Agosto de 2023, 15h59
Graciele Monteiro e o professor Eduardo Vilas Boas participaram do quadro "The Wall” - Foto: Reprodução / Instagram
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A nutricionista do IFNMG-Campus Arinos, Graciele Monteiro, e seu orientador de doutorado na Universidade Federal de Lavras (Ufla), professor Eduardo Vilas Boas, levaram R$ 161.178,00 no quadro The Wall, exibido no programa Domingão com Huck, da rede Globo, na noite do último domingo, 6 de agosto. O objetivo inicial era levantar R$ 60 mil, valor estimado para financiar a inscrição e participação da dupla em um evento científico de tecnologia em alimentos e nutrição, em Paris, na França, onde apresentariam um artigo originado de pesquisa sobre produção de filmes biodegradáveis para embalagem de alimentos a partir de resíduos do baru, um fruto t´pico do cerrado.

“Fã de carteirinha” do apresentador Luciano Huck, Graciele conta que sempre teve vontade de participar dos quadros de seu programa. Com seu artigo aceito para o evento na França e sem ter outras formas de bancar a viagem, ela não pensou duas vezes em contar a história no The Wall e arriscar a sorte.

Deu certo, no entanto, mesmo com o prêmio bem superior ao esperado, a participação no evento não foi possível, já que a conferência aconteceu em julho e o programa só foi ao ar no início de agosto. No entanto, a servidora do IFNMG afirma que não faltarão oportunidades para divulgar os resultados de sua pesquisa, já que ela ainda tem artigos a publicar antes de terminar o doutorado. Graciele e o professor Eduardo ainda avaliarão os eventos científicos dos quais participarão para apresentar os trabalhos. “E parte do recurso será utilizado para demais demandas do meu projeto, como materiais, análises, publicação e revisões”, acrescenta.

A pesquisa

Graciele Monteiro faz doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde ingressou em fevereiro de 2021, mas a parte experimental de seu projeto é desenvolvida na Ufla. A pesquisadora é bolsista do Programa de Bolsas para Qualificação dos Servidores (PBQS) do IFNMG.

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Ela teve o primeiro contato com o baru quando se mudou para Arinos, onde fica o campus do IFNMG no qual trabalha. “Como nutricionista, vislumbrei o potencial do fruto primeiramente pela sua castanha. Mas, ao pesquisar mais a fundo, vi que a castanha já tem uma cadeia produtiva alicerçada e muitos estudos na área”, explica. De um desafio lançado pelo orientador e posterior levantamento bibliográfico, surgiu o projeto para explorar os resíduos do fruto, mais especificamente a parte que recobre a castanha, rica em celulose. “É essa parte que estamos utilizando para produzir filmes diodegradáveis para fazer embalagem para alimentos, substituindo os plásticos convencionais.”

Graciele ressalta que filmes biodegradáveis são muito estudados e de grande interesse científico. “O maior desafio é tornar o filme biodegradável viável comercialmente. Na linha laboratorial, conseguimos processar e ver as fragilidades da tecnologia, que ainda não consegue superar a matriz comercial dos plásticos convencionais, que apresentam força mecânica, custo e praticidade, insuperáveis até o momento”, explica. Para ela, é necessário um esforço conjunto, da academia e da indústria, para aprofundamento em técnicas e materiais que consigam substituir efetivamente os polímeros de fontes não renováveis, como são os plásticos atuais.

Na visão da pesquisadora, explorar tudo que o baru tem para ser explorado e abrir caminhos para que a indústria enxergue o fruto como matéria-prima de excelência é um projeto bem amplo, que envolve muitas variáveis: promoção da saúde; preservação do bioma cerrado; agregação de valor à cadeia produtiva do fruto, que é baseada no extrativismo regional, por meio de tecnologias sustentáveis ​​e inovadoras; além de geração de renda para as comunidades locais.

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