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Campus Diamantina desenvolve projeto para discutir o racismo institucional

Publicado: Terça, 01 de Setembro de 2020, 18h36 | Última atualização em Terça, 01 de Setembro de 2020, 20h59
A proposta é fazer vídeos quinzenais, totalizando oito produções. Nas séries de vídeos, será abordado como o racismo está presente dentro do IFNMG e o que pode ser feito para combater o racismo no Instituto
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“Abayomi – Encontro Precioso” é o nome de um projeto de Ensino proposto pelo IFNMG-Campus Diamantina que vai discutir o racismo institucional dentro do IFNMG. As discussões serão gravadas e disponibilizadas no Canal Oficial do IFNMG no YouTube até dezembro deste ano.

A idealizadora do projeto e professora de Teatro do Campus Diamantina, Mariana Emiliano Simões, explica que a proposta é fazer vídeos quinzenais, totalizando oito produções. Nas séries de vídeos, será abordado como o racismo está presente dentro do IFNMG e o que pode ser feito para combater o racismo no Instituto.

“Demoramos muito a tocar em um problema que nos afeta todos os dias. Temos realizado várias ações de conscientização, de fortalecimento de identidades, entre outras, principalmente com os estudantes, mas poucas vezes eu vejo o compromisso de uma mudança de um comportamento estrutural na instituição. A gente fala, escuta, mas muitos estudantes e servidores não entendem, de fato, que o racismo está na estrutura de nossos pensamentos e ações diárias”, aponta a servidora.

Como surgiu a ideia

Mariana conta que o projeto surgiu durante os primeiros meses da pandemia do novo coronavírus no Brasil e em meio ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), em protesto à morte de um homem negro, George Floyd, provocada por um policial branco com joelhos em seu pescoço. A cena foi gravada e correu o mundo. “Eu não podia falar para os meus alunos, de perto, o que estava acontecendo, como aconteceria se estivéssemos em sala de aula; então pensei em fazer uns vídeos falando sobre o assunto”, fala Mariana.

Com a formatação do projeto mais concretizada, a professora prevê “que seja interessante convidar outras pessoas que tenham domínio dos temas para comentar algumas mensagens recebidas. Tudo vai depender do andamento do projeto e das condições de trabalho remoto para a realização destas parcerias”, informa.

Educação como ferramenta de combate ao racismo

Para a professora, esse é um debate que deve ser sempre discutido no âmbito do IFNMG para que ocorrências de racismo não aconteçam na Instituição. “Por exemplo, o fato de um professor negro ser barrado na portaria de um Campus, enquanto outros entram e saem com total liberdade, não pode ser uma ação naturalizada”, expõe.

E, de acordo com a servidora, são muitas as ações racistas que acontecem, sem nenhuma consequência. “Simplesmente porque as pessoas não questionam, não percebem ou não entendem o racismo que está por trás dessas ações. Eu, particularmente, acho que precisamos mesmo rever nossa história e nossa formação enquanto instituição, para sermos coerentes com a educação que pretendemos oferecer aos nossos estudantes”, enfatiza.

Como a proposta é discutir o racismo no âmbito do IFNMG, servidores, professores, alunos, pais e toda a comunidade em geral podem enviar perguntas, comentários e relatos de experiência vividos dentro do Instituto para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou responder ao formulário criado para receber as informações. Clique aqui para acessar o formulário

Não é necessário se identificar. A identidade será preservada.

Clique aqui para acessar o vídeo de apresentação do projeto.

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