Cápsula presa a balão levou câmeras que fotografaram a cerca de 45 mil metros de altitude
O Projeto Aeris, do curso técnico em Informática do IFNMG-Campus Montes Claros, realizou com sucesso, na última segunda-feira, dia 7, um registro fotográfico do espaço áereo do Norte de Minas Gerais. Mais de 800 fotos foram registradas por câmeras presas a um balão meteorológico.
O lançamento bem-sucedido da cápsula que levou as duas câmeras foi o resultado de uma pesquisa que levou cerca de seis meses para ser desenvolvida. Coordenado pelo professor Júlio César Guedes Antunes, o Projeto Aeris contou com a participação dos alunos José Francisco Clementino de Jesus, Rogério Almeida Pereira e Railda Martins de Souza.
A cápsula foi lançada da futura sede do Campus Montes Claros, no bairro Village do Lago III. O procedimento de montagem final demorou cerca de 90 minutos. Conforme planejado, o balão subiu facilmente, carregando a cápsula, batizada de “Flamarion Wanderley”, em homenagem ao pioneiro da aviação em Montes Claros. As câmeras registraram imagens em intervalos pré-programados pela equipe. O balão seguiu uma trajetória bastante parecida com a que havia sido prevista com a ajuda de cartas de vento meteorológicas. O voo foi monitorado através do sinal de GPS emitido pela cápsula.
Cerca de duas horas e meia após o lançamento, a cápsula caiu numa região rural conhecida como Dois Riachos, entre Francisco Sá e Barrocão. Seguindo as coordenadas de GPS enviadas, a equipe conseguiu encontrar a cápsula num charco de capim alto, observando que sua estrutura estava praticamente intacta.
Ao analisar as imagens obtidas e fazer os cálculos de altitude e trajetória, o resultado surpreendeu a equipe. “Calculamos que nossa cápsula subiria até cerca de 30 mil metros, mas os registros mostram que ela atingiu algo próximo dos 45 mil metros de altitude”, explica José Francisco.
Todo o material foi recolhido e levado ao Campus para análise. Entre as fotos registradas, diversas mostram a cidade de Montes Claros, detalham a geografia norte-mineira e revelam a curvatura da Terra, contrastando com a escuridão do espaço.
“Atingimos nosso objetivo. Esse primeiro voo foi um aprendizado para nós. O que mais me deixa feliz é que construímos tudo com nossas próprias mãos: montamos os equipamentos, fizemos os cálculos e realizamos o lançamento e recuperação. Somos a primeira escola do Brasil a realizar esse feito”, comemora o professor Júlio.
Veja a galeria de imagens do lançamento clicando aqui.
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