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Publicado: Quarta, 24 de Junho de 2015, 10h13 | Última atualização em Quarta, 24 de Junho de 2015, 10h17

Setor de Agroecologia do Câmpus Januária emprega apenas técnicas de produção orgânica

A I Semana de Agroecologia, realizada entre 17 e 19 de junho, evidenciou a qualidade do trabalho que vem sendo realizado, desde 2010, pelo setor de Agroecologia do Câmpus Januária, com atuação em três frentes: ensino, pesquisa e extensão.

Todo o trabalho tem foco no atendimento das necessidades de aprendizado dos estudantes do IFNMG, dos cursos superiores e técnicos das áreas agrárias, mas também no atendimento aos produtores rurais, como frisou o coordenador do setor, professor Alberto Luiz Ferreira Berto, na abertura do evento. “Técnicas de produção de um alimento mais saudável é o que queremos levar para o produtor rural”, explicou.

Técnicas de produção orgânica que professores e alunos voluntários, como Lucas Menezes Gomes (foto abaixo), do 7º período de Engenharia Agrícola e Ambiental, levam, por exemplo, para os agricultores familiares do Assentamento União II, no município de Januária. “A gente usa aqui e  depois leva para eles”, conta Lucas, que sempre admirou o trabalho de extensão rural, como veículo “transformador de realidade”.

Entre as técnicas de produção orgânica empregadas nos 6,5 hectares reservados ao setor de Agroecologia, o professor Alberto destaca o PAIS, sigla empregada para produção agrícola integrada e sustentável. A técnica, como explica o professor, consiste em ter o máximo de produção no mínimo de área, envolvendo animais de pequeno porte – no caso, galinhas –, hortaliças, frutíferas e planas medicinais. Uma espécie de consórcio, em que cada tipo de produção tira proveito das demais.

Outra marca registrada do cultivo no setor de Agroecologia é a substituição da adubação químca por métodos alternativos. Nas culturas, são utilizados compostos orgânicos, biofertilizantes, urina de vaca e leite cru ou adubação verde.

É assim a produção no setor, que serve de sala de aula para disciplinas de cursos regulares do  Câmpus e de onde sai boa parte dos alimentos que abastecem o refeitório e a cooperativa. A oferta é tão diversificada, que o estudante Lucas não dá conta de lembrar de tudo: uma lista que vai de hortaliças, como alface e couve, passa pelas frutas, como a banana, e pelo feijão, até chegar às galinhas, que fornecem carne e ovos.

Os professores Alberto e Sebastião são os responsáveis pelos setor de Agroecologia

Pesquisa

No setor de Agroecologia, há espaço também para o desenvolvimento de pesquisas, como conta o professor Sebastião Lourenço Henrique. Entre os experimentos que já estão montados ou em fase de preparação, ele cita os que testam compostos orgânicos para cultivo de alface, o uso da manipueira (resíduo da fabricação de farinha de mandioca) como adubo na produção de tomate e do bagaço de cana e vinhoto (subproduto da fabricação de cachaça) para fazer compostagem.

“Estamos incrementando o setor a cada dia”, comemora Sebastião. Segundo ele, até o final deste ano, será construído o minhocário, o banco de sementes e montado o laboratório de fabricação de inoculantes para fixação biológica de nitrogênio. Com este último projeto, desenvolvido em parceria comn a Embrapa Agrobiologia (Rio de Janeiro), o objetivo é fabricar os inoculantes para vender aos pequenos produtores da região a baixo custo.

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