Portal IFNMG - Professora apresenta projeto de Dicionário Animado de Libras Ir direto para menu de acessibilidade.
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Publicado: Sexta, 29 de Maio de 2015, 15h08 | Última atualização em Sexta, 29 de Maio de 2015, 15h13

Fotopalestra Libras 

Atividade foi mais uma das autogestionadas do IFNMG no Fórum Mundial de EPT

A professora Lucienne Veloso Brito, do IFNMG-Câmpus Januária, apresentou na noite de quinta-feira, dia 28, no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT) 2015, no Recife, a palestra Tecnologia Assistiva Aplicada à Educação: Dicionário Animado de Libras (Língua Brasileira de Sinais). A palestra, obviamente, contou com a tradução de uma intérprete de Libras para atender os surdos que estavam na plateia, diretamente interessados no projeto.

Na oportunidade, Lucienne falou sobre o projeto que vem desenvolvendo, juntamente com o professor Felipe da Rocha Henriques, do Cefet/RJ, da área de Engenharia de Telecomunicações, para desenvolver o Dicionário Animado de Libras, em software e como aplicativo para dispositivos móveis (tablets, celulares). A proposta é que a ferramenta seja ainda mais acessível aos usuários do que algumas semelhantes já existentes, a exemplo do software ProDeaf. E a ideia é que, assim como este, o dicionário a ser criado seja igualmente disponibilizado para acesso gratuito. A previsão dos pesquisadores é que a ferramenta seja concluída até o final deste ano.

O professor Felipe explica que, no dicionário, a busca será feita por categorias, a partir de palavras digitadas em português que remeterão a uma janela de vídeo, em que um personagem, de computação gráfica, vai mostrar o gesto equivalente em Libras. Mostrará, ainda, o conceito da palavra, por escrito e em áudio. Assim, o programa será útil para deficientes visuais.

Os pesquisadores pretendem ir além. Depois de criar o programa, a ideia é identificar palavras, expressões e conceitos que não tenham gestos correspondentes em Libras e, juntamente com usuários surdos, desenvolver esses novos sinais.

Tecnologia assistiva

O Dicionário Animado de Libras está sendo criado com o objetivo de ser mais uma tecnologia assistiva a serviço da educação inclusiva, que poderá ser utilizado de modo a melhorar o desempenho de estudantes com deficiência.

Lucienne Brito esclarece que o conceito de tecnologia assistiva está diretamente relacionado ao atendimento de pessoas que têm algum tipo de necessidade específica, diferentemente das tecnologias de informação e comunicação, as TICs, que são para uso geral. “As tecnologias assistivas vão além das TICs”, comenta a professora.

Mas esse “ir além” não implica, necessariamente, aplicar alta complexidade tecnológica. Muitas vezes, como mostrou a professora em sua palestra, são artifícios relativamente simples, mas que fazem toda a diferença para garantir não só o acesso, mas a permanência dos alunos na escola. Como exemplo, ela citou carteiras e até canetas adaptadas para estudantes que têm dificuldades relacionadas a postura corporal ou coordenação motora.

E os exemplos seguem, remetendo a alternativas de diversas naturezas, tais como recursos de comunicação aumentativa para pessoas de baixa visão, como provas e livros impressos em letras maiores que o convencional, computadores com teclado em Braile e projetos arquitetônicos voltados para a acessibilidade.

Todas essas tecnologias, segundo Lucienne, corroboram para que as instituições de ensino, e o sistema educacional como um todo, caminhem no sentido da inclusão, em que o sistema admite que tem que se adaptar para dar conta do atendimento a pessoas deficientes e que têm necessidades específicas. Mas ela admite que ainda há muito a evoluir, por isso quer dar sua contribuição, com o desenvolvimento do projeto do dicionário.

Criado em 29/05/15

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