IFNMG

O encontro aconteceu por ocasião da visita de uma comitiva de representantes de institutos de tecnologia canadenses, instituições que, atualmente, oferta mais de mil vagas para intercâmbio por meio de chamadas abertas no Programa Ciência sem Fronteiras. Leah Jurkovic, da Associação dos Colleges Comunitários Canadenses, Collin Boguski, do Langara College, e Jeff Cooper, do College of the Rockies, integram um grupo 22 representantes dessas instituições que chegaram ao Brasil no último dia 17 para dez dias de visitas a 21 institutos federais de educação, ciência e tecnologia.

Com a missão de atrair os alunos do IFNMG para as oportunidades de intercâmbio, Leah apresentou o seu país como “um dos centros mundiais de tecnologia avançada e de ensino” e, sobre os colleges, garantiu serem “instituições que realmente preparam os alunos para o mercado de trabalho”.  Os alunos também puderam conhecer um pouco sobre o Langara College e o College of the Rockies, nas apresentações de seus representantes.

Mas, para motivar os estudantes, os canadenses não apostaram apenas na qualidade de seu sistema educacional. Mostraram vídeos com as belezas naturais daquele país e com o depoimento de uma intercambista brasileira e apresentaram o Canadá como um país de grande diversidade cultural, a exemplo do Brasil, muito seguro e acolhedor, além de oferecer muitas opções de entretenimento. Deram bastante ênfase, também, ao fato de as instituições de ensino canadense oferecerem programas bem estruturados para receber os alunos que chegam de outros países.

Reitor, professor José Ricardo Martins da Silva, recebeu os alunos em Montes Claros; à direita, os três representantes dos colleges canadenses

Chamadas abertas

Acompanhando a comitiva canadense, o assessor de Relações Internacionais do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, Wagner Belo, também esteve presente no encontro com os estudantes do IFNMG. Ele falou sobre o Programa Ciência sem Fronteiras e foi o mais solicitado para esclarecer dúvidas dos alunos.

Wagner lembrou que, além do Canadá, também são ofertadas, atualmente, bolsas para graduação-sanduíche nos Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Coreia do Sul, Finlândia, Hungria, Japão, Nova Zelândia e Reino Unido. Para mais informações, acesse a página do Ciência sem Fronteiras na internet.

Para participar, além de estar regularmente matriculado em curso de nível superior das instituições da Rede Federal, o candidato deve ter nacionalidade brasileira; ter cumprido de 20% a 90% do currículo previsto para seu curso; obtido nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) igual ou superior a 600 pontos e apresentar teste de proficiência em idioma, de acordo com o país de destino. No caso do Canadá, o aluno deverá ter proficiência em inglês ou francês.

Wagner Belo informou que, para os interessados em concorrer às bolsas, o teste Toefl, de proficiência em língua inglesa, será ofertado gratuitamente pela Comissão para Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil (Fulbright), de acordo com a disponibilidade de vagas. As inscrições para o teste gratuito devem ser feitas de 29 a 31 de julho, no site da Fundação Fullbright.

Todas as despesas dos intercambistas serão custeadas pelo Programa Ciência sem Fronteiras, que arcará com as taxas escolares e bolsa mensal ao estudante, além de conceder auxílios para instalação, saúde, deslocamento e material didático.

Wagner Belo também deu aos estudantes do IFNMG informações sobre emissão de passaporte e obtenção de visto, únicas despesas com as quais os estudantes terão que arcar. Segundo ele, no caso do Canadá, o valor do visto é em torno de R$ 800,00.

Depoimentos

Ao final do encontro, os estudantes reunidos puderam ouvir o depoimento de dois colegas do IFNMG que foram aprovados em chamadas anteriores do Ciência sem Fronteiras e se preparam para a graduação-sanduíche no Canadá. Eles tentaram encorajar os colegas a também tentarem. “Tem muita gente com potencial, mas que tem medo de tentar”, acredita Rodrigo Nogueira Martins, do 5º período de Engenharia Agrícola e Ambiental do Campus Januária.

Rodrigo Nogueira Martins

Ele escolheu o Canadá, para onde deve embarcar em setembro deste ano, pela fama de povo acolhedor e pela estrutura disponível para receber os intercambistas. Lá, vai desenvolver atividades ligadas à área escolhida, Recursos Hídricos e Energias Renováveis, e também comemora a chance de estudar e aprimorar o inglês.

Com a ida confirmada para a próxima semana, Nondas Ferreira Silva, do 7º período de Engenharia Florestal do Campus Salinas, diz ter optado pelo Canadá devido à alta qualidade do ensino e também pelo fato de o país ser muito forte na área de sua graduação.

Nondas Ferreira Silva

Além de Rodrigo e Nondas, outros três alunos do IFNMG foram aprovados pelo Programa Ciência sem Fronteiras e preparam-se para realizar o intercâmbio: Elber Gomes Sousa e Derek Freitas Ferreira, do Campus Salinas, que irão para os Estados Unidos, e Antonio Victor Veloso Ramos, do Campus Montes Claros, que irá para a Austrália. A primeira aluna do Instituto a fazer graduação-sanduíche com bolsa do Programa foi Tatiane Carla Silva, do curso de Agronomia do Campus Januária, que atualmente está no Chile.